Lucas 15:11-32 –O FILHO PRÓDIGO
Quantas
vezes você ouviu ou leu a parábola do filho pródigo? Quantas vezes você tomou um dicionário para
ver o significado da palavra pródigo? Por muito tempo eu entendi que esse
adjetivo se referia a alguém que depois de passar por grande sofrimento em consequência
de ter cometido um grave erro, se arrependesse e humilhado corresse para a casa
do pai, todo maltrapilho e desnutrido pedindo socorro. Quando consultei o
dicionário descobri que eu mesmo tenho sido um filho pródigo e que Jesus contou
a parábola, não como uma história, mas como uma lição para mim e talvez para
você. Essa palavra tem vários significados e nem todos são pejorativos. Pode
significar “esbanjador”, “gastador”, “desperdiçador”; mas também é sinônimo de
“bondoso”, “benevolente”, “benigno” e
vários outros significados positivos. Quando Jesus contou a parábola ele estava
atribuindo ao personagem todos esses adjetivos, tanto os primeiros quantos os
últimos. A parábola diz com clareza que o rapaz pediu a sua parte da herança ao
seu pai e saiu para uma terra distante onde gastou dissolutamente,
(desregradamente) toda a fortuna. Alguns comentaristas interpretam essa
afirmação imaginando que o moço se tornou um “mão aberta” que pagava as rodadas
para todos os amigos, dava presentes e não deixava ninguém sair de perto dele
sem dinheiro. Isso é muito fácil de imaginarmos, pois quando alguém mostra que
está “bem de bolso” o que não lhe faltam são os “amigos”.
Comenta-se
também que ele era generoso para com todos, esbanjando os bens de seu pai sem
pensar nas consequências.
ESTE FILHO SOU EU; Não posso negar que às vezes tenho esbanjado
desordenadamente os bens que meu Pai Celestial coloca em minhas mãos. Nada
possuo que não pertença a Deus. Os bens que o Pai tem colocado à minha
disposição Ele não o faz para o meu exclusivo deleite. Ele espera que eu seja
bom mordomo da sua despensa. Se eu permanecer na minha confortável poltrona
enquanto os demais irmãos estão buscando conhecer mais a Palavra de Deus na
Escola Bíblica Dominical ou em uma reunião de oração ou estudo bíblico, seja
para fazer companhia aos meus familiares, seja porque acho cansativo estar por
três a quatro horas no templo no domingo que é chamado “O Dia do Senhor”.
O Dia do
Senhor é o domingo todo. As horas que deixo de dedicar ao Reino de Deus,
principalmente no Seu Dia são bens que estou gastando desregradamente. Quando
deixo de oferecer ajuda a um irmão que está passando necessidade, ou visitar um
enfermo, levando-lhe uma palavra de conforto, ou consolar alguém que perdeu um
ente querido, ou alimentar um pedinte que bate à minha porta só porque já lavei
as louças e não estou disposto a abrir a geladeira para preparar um prato para
um pobre faminto. Sempre que agimos assim estamos deixando de fazer essas
coisas a Jesus, como ele mesmo diz em Mateus 25.35. (tive fome e não me
fartaste...) Quando colocamos a refeição sobre a mesa, oramos agradecendo pela
provisão de Deus para nós e nossa família, mas guardamos as sobras na geladeira
e a negamos a quem nos pede. Se reconhecemos que a provisão veio de Deus porque
não compartilhar com outros que o Pai ama? Sem falar nas vezes que deitamos ao
lixo o que é sagrado! Quando oramos pedindo que Deus nos dê o Pão Nosso de Cada
Dia será que temos o direito de jogar fora a sobra só porque estamos satisfeitos?
Quando leio a parábola do filho pródigo, dificilmente fico em paz sem dizer a
Deus:
“Esse filho sou eu”!
Lutero B. Pereira
oioioioi
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