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sábado, 26 de agosto de 2017

ESSE FILHO SOU EU

ESsE FILHO SOU EU

Lucas 15:11-32 –O FILHO PRÓDIGO


Quantas vezes você ouviu ou leu a parábola do filho pródigo?  Quantas vezes você tomou um dicionário para ver o significado da palavra pródigo? Por muito tempo eu entendi que esse adjetivo se referia a alguém que depois de passar por grande sofrimento em consequência de ter cometido um grave erro, se arrependesse e humilhado corresse para a casa do pai, todo maltrapilho e desnutrido pedindo socorro. Quando consultei o dicionário descobri que eu mesmo tenho sido um filho pródigo e que Jesus contou a parábola, não como uma história, mas como uma lição para mim e talvez para você. Essa palavra tem vários significados e nem todos são pejorativos. Pode significar “esbanjador”, “gastador”, “desperdiçador”; mas também é sinônimo de “bondoso”, “benevolente”, “benigno”  e vários outros significados positivos. Quando Jesus contou a parábola ele estava atribuindo ao personagem todos esses adjetivos, tanto os primeiros quantos os últimos. A parábola diz com clareza que o rapaz pediu a sua parte da herança ao seu pai e saiu para uma terra distante onde gastou dissolutamente, (desregradamente) toda a fortuna. Alguns comentaristas interpretam essa afirmação imaginando que o moço se tornou um “mão aberta” que pagava as rodadas para todos os amigos, dava presentes e não deixava ninguém sair de perto dele sem dinheiro. Isso é muito fácil de imaginarmos, pois quando alguém mostra que está “bem de bolso” o que não lhe faltam são os “amigos”.

Comenta-se também que ele era generoso para com todos, esbanjando os bens de seu pai sem pensar nas consequências.
ESTE FILHO SOU EU; Não posso negar que às vezes tenho esbanjado desordenadamente os bens que meu Pai Celestial coloca em minhas mãos. Nada possuo que não pertença a Deus. Os bens que o Pai tem colocado à minha disposição Ele não o faz para o meu exclusivo deleite. Ele espera que eu seja bom mordomo da sua despensa. Se eu permanecer na minha confortável poltrona enquanto os demais irmãos estão buscando conhecer mais a Palavra de Deus na Escola Bíblica Dominical ou em uma reunião de oração ou estudo bíblico, seja para fazer companhia aos meus familiares, seja porque acho cansativo estar por três a quatro horas no templo no domingo que é chamado “O Dia do Senhor”.

O Dia do Senhor é o domingo todo. As horas que deixo de dedicar ao Reino de Deus, principalmente no Seu Dia são bens que estou gastando desregradamente. Quando deixo de oferecer ajuda a um irmão que está passando necessidade, ou visitar um enfermo, levando-lhe uma palavra de conforto, ou consolar alguém que perdeu um ente querido, ou alimentar um pedinte que bate à minha porta só porque já lavei as louças e não estou disposto a abrir a geladeira para preparar um prato para um pobre faminto. Sempre que agimos assim estamos deixando de fazer essas coisas a Jesus, como ele mesmo diz em Mateus 25.35. (tive fome e não me fartaste...) Quando colocamos a refeição sobre a mesa, oramos agradecendo pela provisão de Deus para nós e nossa família, mas guardamos as sobras na geladeira e a negamos a quem nos pede. Se reconhecemos que a provisão veio de Deus porque não compartilhar com outros que o Pai ama? Sem falar nas vezes que deitamos ao lixo o que é sagrado! Quando oramos pedindo que Deus nos dê o Pão Nosso de Cada Dia será que temos o direito de jogar fora a sobra só porque estamos satisfeitos? Quando leio a parábola do filho pródigo, dificilmente fico em paz sem dizer a Deus:
“Esse filho sou eu”!



Lutero B. Pereira

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